E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera tivéssemos morrido por mão do SENHOR na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! “Porque nos tendes trazido a este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão.” - Ex 16:3
“E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil.” - Nr 21:5
“Onde estiver o vosso tesouro, ai estará também o vosso coração”
Qual é o nosso Egito?
O Egito, nem sempre foi mal.
Qual é o Egito que ainda lhe escraviza?
No Egito da vida, quais são as coisas vitais, necessárias, coniventes, desejadas e importantes para a nossa sobrevivência?
Quando devo buscar o alimento sólido?
Em que fase da minha vida deve tornar-me homem e deixar as coisas de menino?
Quando devo deixar a “Terra do Nunca”, a terra do infantil, do simbólico e imaginário?
Onde ficam localizados os sonhos infantis de uma vida maravilhosa? Sonhos que viraram uma obsessão.
Vou para o deserto ou continuo a amassar barro para sonhos faraônicos que não são meus e me escraviza?
Devemos priorizar em nossas vidas... “O Belo e audacioso Plano de Deus para a humanidade”. Não são os nossos planos, as nossas conveniências, os nossos sonhos e nem os planos de Faraó, mas, os de Deus. Ex. 6:3, 7
Comportamentos que nos trazem vulnerabilidades específicas:
I – A FALTA DE CONHECIMENTO DE DEUS
Precisamos saber quem é este “EU SOU”
Quando não conhecemos o “EU SOU”, (IAVEH) permanecemos escravos.
Ele tem braço forte e mão estendida,
Ele exerce juízo e justiça,
Ele dirige a história da nossa vida,
Ele é responsivo e solidário com nosso sofrimento humano,
Ele é estrategista, um grande guerreiro e “Senhor dos Exércitos”.
Ele tem poder sobre as forças da natureza.
REFLEXÃO: Quantas pragas, quantos fatos, quantos acontecimentos, quantas adversidades para que o coração amoleça e deixe a alma e o espírito (a cognição e a vontade) livre da escravidão do amassar tijolos inúteis. Para na condição de liberto cultuar a Deus no deserto, lugar de amadurecimento e lugar de extremos.
As voltas que Deus dá conosco para mostrar-nos as suas lições – Ex. 13:17
As rotas surpreendentes de Deus, mais longa para que não se arrependam e voltem para os tijolos e as panelas de carne com cebola. Ex. 14:10-12, 16:3, 17:2-3, 7
No deserto...
As dimensões do tempo mudam, interna e externamente, gerando introspecção e prospecção.
As leis naturais e físicas mudam, gerando inquietações, mas, motivando-nos a desafios: encontrar Deus no deserto e me deixar conduzir ao novo.
O silêncio humano tem dificuldade de instalar-se. Como calar-se diante da aridez do deserto?
II – A FALTA DE CONHECIMENTO DO QUE DEVO ABANDONAR
As intenções erradas.
Meu pensamento deve ocupar-se com tudo que honesto, com tudo que é de boa fama, com tudo que traz edificação. É a famosa “metanóia” (mudança de mente).
Despojar-me, me desnudar, tirar a máscara lançar fora a capa. A metanóia só será completa quando houver juntamente a “metamorfose” (mudança de forma),
Ser “Nova Criatura”. “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo da soberana vocação em Cristo Jesus”, diz Paulo.
Os esforços errados. “Inútil será levantar de dia e comer o pão de dores, se o Senhor dá aos seus amados o Sono”.
Deus quer libertar ativistas e individualistas. Transformando-os em responsáveis por sua obra Redentora e Salvadora.
Vida de trabalho e esforço não salva! Lembra-se do Irmão do Pródigo? “Pai há tanto tempo te sirvo...!” Trabalho, luta, esforços e zelo devem ser temperados pelo amor, pela submissão e pela obediência.
“Pai há tanto tempo te sirvo...!” Manipulação, pobre coitadismo, melindre. Não salvam, faz-me um solitário e um infeliz.
Amor-próprio ferido também não salva. Você vive pensando o tempo inteiro que está sendo prejudicado? Vive se alimentando de TAREFAS VÃS?
As motivações erradas.
Devo trabalhar pela comida que permanece.
Devo viver como Maria num mundo de Marta (atarefado e inquieto, ansioso e acelerado). Centralidade na pessoa de Cristo, esta “melhor coisa” jamais nos será tirada.
Preciso me libertar de rituais escravizantes e angustiantes. Ex. 16:3
III – A FALTA DE SENSIBILIZAÇÃO PARA A MUDANÇA
“Mudança de hábito”
De ambiente, de convívio social. É a resignificação da vida. Não andar segundo ao conselho dos ímpios, não se deter no caminho dos pecadores e não se assentar na roda dos pecadores.
A mensagem da libertação de Deus através das pragas fala-nos de separação, dos israelitas, de Gosen, do povo de Deus. Algumas evidências: Os pães sem fermento da pressa, a s ervas amargas do luto da perda – Ex. 14:12 e aAlgo novo para lembrar: A Páscoa, O sangue do Cordeiro como Salvação – Ex 13:9, Fazer em memória de Cristo até que Ele volte. Deve ser o motivacional da igreja. Igual à experiência das Dez Pragas, que foi lembrado pelos historiadores judeus, poetas, profetas, reis e sacerdotes.
Os dois lados, as duas portas, os dois caminhos.
Egito – Precisa ficar para trás, precisa morrer, precisa ser sepultado, precisa ser “considerado como esterco”, precisa ser considerado como perda por amor a Jeová.
Israel – As primícias que o sangue do Cordeiro gera em nós: Nova vida, Nova pátria, servir (diakonia), comunhão (koinonia) e proclamação (kerigma).
APLICAÇÃO: RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE
O que desejo, a escravidão do conhecido ou o caminho do desafio e do novo proposto?
Quem de fato eu sou? – I Pe 2:9
Como sair do Egito tão cheio de significado para nossa vida?
Deus é o recurso inesperado – “... Que é isto? - Ex 16:15
Tem poder criador,
Tem vontade soberana,
Tem interesse no nosso dia a dia.
Jamais esqueça que “O maná simboliza a Cristo como o Pão do Céu” É UMA FIGURA DE CRISTO, UM TIPO DE CRISTO, suficiente para a nossa jornada.
Surpreenda-se com este post, sua vida não será mais a mesma!