Registro: Reportagem do Grande repórter Marcos que com relevância trazia notícias a respeito de Jesus e seus ensinos. - Marcos 4:1-20
O INCONSCIENTE E A PARÁBOLA DOS SOLOS - Mc 4:1-20
1. Que solo o inconsciente é?
2. Que solo o inconsciente está sendo quando reprimido?
3. Que solo o inconsciente consegue ser diante do recalcado?
4. Qual solo é mais bem semeado, pelo inconsciente, diante do inevitável mundo..
a. Do não-EU e não-MEU;
b. Do binômio EU-moral X EU-doença;
c. Das castrações e da falta;
d. Do seio bom(nutridor) e seio mal (opressor);
e. Das ideias que lhe deram e criaram pernas tornando-se convicções e crenças limitantes;
f. Do Real, Simbólico e Imaginário.
SOLOS - AS diferentes e semelhantes condições internas.
O ser humano, nesta pós-modernidade, se reinventa em busca de absolutos e perfeições e cada vez mais se vulnerabiliza de modo bem específico segundo suas complexidades.
Somos iguais, enquanto humanidade complexa, vulnerável, verossímil e inverossímil, completa em nossa incompletude.
Somos diferentes quanto ao protagonismo, singularidades e assertividades. Somos diferentes no nosso nível de necessidade, na horizontalidade e transversalidade da nossa história. Somos diferentes nas nossas reações e respostas comportamentais.
Portanto, o que sentimos, percebemos e representamos através dos 05 (cinco) órgãos do sentido?
Quais são as sementes que caíram na nossa mente quando da formação da nossa personalidade? Quais são as sementes que foram processadas e contribuíram para esta formação? Quais são as sementes que frutificaram forjadas pelos sabores e dissabores, prazeres e desprazeres que vivenciamos e partilhamos com o outro?
Solos diferentes, diferentes posições da psiquê e da emoção, sua história com um rico garimpo e suas ações, castrações, reações e respostas.
I – O SOLO DA VIDA ESTÉRIL – V. 4, 15
1. Mente Fechada, calejada, embotada e endurecida.
2. Solo blindado, sólido e impenetrável.
a. Anestesiado e entorpecido pelas surpresas e circunstâncias da vida, não reage favoravelmente.
b. Não se sente atraído e nem impressionado. Insensível a si e sem empatia com a necessidade do outro.
3. Vida à beira do caminho, pisado por milhões e milhares de pés (influências, recalques, traumas, castrações, sublimações, traições, abandonos, angústias, sufocos e pressões da vida).
II – O SOLO DA VIDA SUPERFICIAL – V. 5-6, 16-17
1. Falsidade religiosa/ideológica, Clausura e isolamento (monástico e tradicional).
2. Mente emocional distorcida e enfraquecida. Que simboliza, representa e conceitua de maneira simbólica e imaginária. Toma decisões precipitadas, no calor das emoções, age com imprudência. Vive na síndrome do dever, da excelência, qualificação e perfeição. Uma mente introjetada que não projeta, sempre desanimada com falta de motivação e posterga para amanhã o que deveria ser feito hoje. Mente na estagnação da zona de conforto e por ela entorpecida. Mente sem visão em profundidade. Mente de muita atividade, pouca criatividade e produtividade.
III – O SOLO DA VIDA DUPLA – V. 7, 18-19
1. Agente duplo de ambivalências exacerbadas. Vive em cima do muro. Decidir é difícil e impossível. Portador de gangorra emocional. Um ser cindido e sem totalidade onde o EU-conceitual fala mais alto. Mente do EGO fraco e indulgente.
2. Mente inconstante e influenciada pelas preocupações (II Tm 2:4), pelo conforto pessoal (Lc 12:15) e pela busca de prestígio, fama e riquezas (Mt 6:21, 24). Mente que não planeja e nem executa, vive e se retroalimenta de pobre coitadismo, autoindulgências e manipulações.
IV – O SOLO DA VIDA FRUTÍFERA – V. 8, 20
1. O coração disponível. A subjetividade que ressignifica, libera conteúdos introjetados e faz percepções. O coração profundo e fértil que dá significado ao significante. Que revela a sua verdade. Que fornece, esclarece e estabelece novas sementes, convertendo as dores, aflições, traumas, castrações e recalques em oportunidades, probabilidades e possibilidades de persistir e prosseguir na jornada para dentro de si.
2. Mente que organiza, harmoniza e hierarquiza de modo saudável e reprodutivo. Absorve com sentimento e percepção o imponderável e surpreendente, transformando-o em desapego, desprendimento e determinação. Mente que busca verticalidade (Eu-Deus) e horizontalidade (Eu-Outro). Mente que vai além de si. É transcendente mesmo dentro de sua imanência. Que busca elementos necessários para o ser que está no mundo, existe no tempo e vive na vida.
3. Este solo representa o ser que ouve, entende, persevera e dá frutos. Em ser psíquica, comportamental e espiritualmente produtivo que processa, entende e persiste nas verdades e princípios transcendentes. Um ser com mudanças radicais e substanciais de comportamento. Um ser com autonomia psíquica e espiritual.
APLICAÇÃO – Podemos ser solos produtivos em nossa totalidade enquanto ser complexos, completos na nossa incompletude e vulneráveis. Tanto na nossa consciência, subconsciência e inconsciência.
1. UMA VERDADE – V. 20 – Somos capazes e habilitados para alcançá-la:
a. Trinta por um – moderada – Alguns chegam até este nível.
b. Sessenta por um – Animadora – Outros avançam até aqui.
c. Cem por um – Plenitude – Poucos alcançam, você pode ser um deles!
2. UMA PERGUNTA transversal (marcas) e longitudinal (longura da história pessoal) – V. 13
a. Como perceber? Adquirir conhecimento de, por meio dos sentidos e usufruir destes conhecimentos
b. Como entender? – Raciocinar e aplicar a razão psicomotora.
Seu inconsciente é qual solo?
Muito esclarecedor!